O turismo de natureza representa, hoje, um dos segmentos mais dinâmicos e sustentáveis do setor turístico, contribuindo não só para a valorização dos territórios rurais e naturais, mas também para a dinamização económica de comunidades locais.
Com o crescente interesse dos visitantes por experiências autênticas, ligadas à paisagem, à biodiversidade e ao património imaterial, assistimos ao surgimento de uma diversidade de empresas que operam em diferentes dimensões do turismo de natureza — desde as atividades de aventura ao ecoturismo, do turismo rural à interpretação ambiental.A par do seu potencial económico, estas atividades exigem um elevado grau de responsabilidade, uma vez que decorrem frequentemente em áreas sensíveis do ponto de vista ecológico, cultural e social.
Nesse contexto, torna-se essencial comunicar com as empresas que operam neste setor, os quadros legais que as regem, e as boas práticas a adotar, sobretudo quando as atividades se realizam em áreas protegidas como a Serra de Sojao.
As empresas de turismo de natureza podem ser classificadas segundo diferentes critérios, assim, encontramos empresas de animação turística, especializadas em proporcionar experiências diretas com a natureza (como caminhadas, observação de aves, canyoning, etc.), agências de viagens e operadores turísticos, que estruturam programas integrados, e ainda entidades de alojamento turístico rural que oferecem, além do descanso, propostas de envolvimento com a comunidade e o território.
A Serra de Soajo está inserida no Parque Nacional Peneda Gerês, sob regimes de conservação e protecção , onde o enquadramento legal define com rigor o que é permitido, condicionado ou interdito. A realização de atividades nestes contextos implica o contacto e autorização de entidades como o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, bem como a Comunidade Local de Baldios de Soajo.
Ao identificar e compreender esta diversidade de operadores turísticos e os enquadramentos legais e éticos a que estão sujeitos, cria-se uma base sólida para definir códigos de conduta, estabelecer boas práticas e fomentar um turismo de natureza que seja verdadeiramente sustentável — para o ambiente, para a nossa comunidade e para as gerações futuras que também têm o direito de usufruir da beleza e valor dos nossos espaços naturais.